Seguro firme em mim e não consigo sentir firmeza, parece que
é bem assim que me sinto. Cabeça cheia. Cheia de vento. Tantas coisas que
queria mudar e não posso vão enchendo minha cabeça do que não devia. Vão me
atormentando de pensamentos inoportunos e vontades estranhas, pelas quais não me
controlo, odeio me sentir assim, incontrolável e fora de mim. Foi pau viu, ate
mesmo tentar escrever. Talvez seja essa solidão toda, essa falta de carinho, de
chamego, de apego. Será que não perceberam ainda que sou movida a carinho, só
ando se estiver amor, o que talvez esteja me faltando. To começando a pensar
que ando com pessoa burras demais pra entender essa coisas, coisas de mulheres
inteligentes. Gosto de relaxar com palavras feitas, prontas, ideias rápidas,
envolventes, isso se torna preocupante quando acho que não terei esse lado
inteligente comigo, quando o meu não funcionar.
Gosto de palpites, de retornos, odeio risadas quando o assunto é serio, quando
falo de mim. Odeio silencio quando estou em estado de calamidade, quando me
sinto jogada e perdida. Odeio o olhar torto do descaso, odeio o escutar sem importância.
Odeio tantas coisas NE? Mas quem diabos ira gostar de gestos tão insanos, tão descomprometidos,
tão nojentos, logo quando decidimos nos jogar pra fora? Quando em meio a tantos
disfarces, chegamos ao ponto de não suportar e falamos, nos abrimos pra um ser
fingir que não se ouve, preferir rir e dizer que é besteira, que ta tudo certo,
sou louca. Quando na verdade um abraço, uma frase de consolo, mesmo que fingisse
sentir importância poderia ser dita, ao menos uma frase inteligente para nos
fazer refletir, ao menos uma brincadeira, uma atenção disfarçada em formas de brincadeiras,
sei-la. Sinto. E dói.
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